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Para assinalar o centenário da morte de Franz Kafka, a Editora Estação Liberdade anuncia o lançamento de uma coletânea, bilíngue, de contos do autor.

Podemos encontrar nos textos aqui presentes algumas características do mundo kafkiano, como uma apreensão perturbada da realidade em “À noite” e no fragmento de “O grande nadador”, ou como leituras minuciosas acerca das relações sociais em “O recrutamento de tropas” e “Uma pequena mulher”. Notamos críticas à burocracia em “Sobre a questão das leis” e “Intercessores”, aspectos fabulares em “O brasão da cidade” e “Pequena fábula”, e evocações à mitologia grega em “Prometeu” e “Poseidon”.

Com o objetivo de marcar o centenário da morte de Kafka, esta edição bilíngue apresenta vinte traduções de contos curtos e uma tradução de um fragmento de texto do autor, escritos entre 1919 e 1924, ano de sua morte, e revisita a inquietude que permeou sua obra como um todo. A rigor, estes textos não deveriam estar disponíveis ao público — foi a desobediência de Max Brod, escritor amigo de Kafka que deu título à maioria dos contos póstumos, que os levaram a ser publicados, apesar do registro no testamento do autor para que fossem destruídos.

OS PEDIDOS REALIZADOS SERÃO ENVIADOS A PARTIR DO DIA 6 DE NOVEMBRO DE 2024.



Franz Kafka, nascido em 1883 na cidade de Praga, formou-se em direito em 1906 e, após um ano de serviço compulsório e não remunerado como atendente legal em cortes civis e criminais, passou a atuar como investigador em uma companhia de seguros. Em 1911, tornou-se sócio da primeira fábrica de amianto de Praga, trabalho ao qual inicialmente se dedicava com disposição, mas que posteriormente ressentia por lhe interferir em seu tempo de escrita.


Durante seus anos de estudo e de trabalho com seguros, Kafka encontrou tempo para se dedicar à leitura de autores como Dostoiévski, Flaubert, Gógol e Goethe. Além da literatura tcheca, veio a se interessar também pelo teatro ídiche, o que o fez mergulhar na língua e na literatura dessa cultura com a qual tinha contato por conta de suas raízes judaicas.


Em suas obras, podemos notar temas como alienação social, ansiedade existencial, permeados com frequente apelo ao absurdo. Ao longo da vida, relacionou-se com algumas mulheres, mas nunca chegou a se casar. Em 1917, foi diagnosticado com tuberculose, doença incurável à época, conseguindo uma pensão no ano seguinte. Em abril de 1924, com a condição crítica da doença, foi buscar tratamento em uma cidade próxima a Viena, onde veio a falecer.

Livro
Tradutor Seleção, tradução e apresentação: Daniel Martineschen, Izabela M. Drozdowska-Broering e Markus J. Weininger
ISBN 978-65-86068-96-2

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