Serge
Fauchereau reconstrói histórico do movimento cubista
Picasso, Juan Gris, Léger e Braque são
alguns dos nomes consagrados cujas obras recheiam o volume; edição em capa dura
é ricamente ilustrada
Um século após sua aparição, ainda é difícil definir e
circunscrever o cubismo com precisão, na ausência de um manifesto ou de
declarações claras de algum expoente ou líder reconhecido.
Afetando as
artes e a literatura, o cubismo foi inicialmente um fenômeno parisiense, embora
com muitos protagonistas internacionais, antes de se difundir por outros
países. Nesta obra, ilustrada por mais de duzentas reproduções coloridas, Serge
Fauchereau propõe uma leitura abrangente, ao mesmo tempo que explora as
variações originais injustamente negligenciadas ou desconhecidas do movimento.
Via
de regra, os críticos e historiadores apontam Les Demoiselles D’Avignon, tela de Pablo Picasso de 1907, como o
marco inicial do cubismo. A obra marca uma ruptura radical e evidencia a transição
a um “período negro” na produção do artista. Movimento a princípio provinciano,
limitado à intelligenzia parisiense
daquele início de século XX — no entorno de Picasso já gravitavam figuras como
Max Jacob, Apollinaire, Braque, Pierre Reverdy, Blaise Cendrars e André Salmon,
entre outras —, o cubismo logo impôs uma certa iconoclastia no status quo das artes. A novidade se
caracterizava pela adoção (e combinação) de procedimentos extrapicturais,
extraliterários e extramusicais, que levaram à uma revolução estética dos
procedimentos artísticos então correntes.
Com
o cubismo, as fronteiras entre as artes plásticas e outras manifestações
artísticas — poesia, escultura, música — se diluem. Assim, a pontuação
desaparece e a escrita se faz figurativa, a música incorpora ruídos e outras
sonoridades, a página impressa se diversifica, a prática das colagens cria o
problema da originalidade do criador. Já em 1923, Milhaud, decretava que essas marcas
do cubismo forneciam “um campo mais vasto, modos de escrita mais ricos, uma
escala expressiva mais complexa” à sensibilidade, à imaginação e à fantasia do
artista criador.
Desde
2014, a Estação Liberdade vem investindo em grandes obras ilustradas de
história e história da arte. O cubismo —
Uma revolução estética chega em edição de capa dura, com mais de duas
centenas de ilustrações a cores, radiografando com precisão esse importante
gênero das artes plásticas. Impresso em Cingapura, o livro é fruto de parceria
com a editora francesa Flammarion.
Título: O Cubismo – Uma Revolução Estética
Autor:
Serge
Fauchereau
Tradução: Marcela Vieira e Julia Vidile
Formato: 20,5 x 26 cm / 256 páginas
ISBN: 978-85-7448-247-7
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