Um velho docente de matemática, uma empregada doméstica e o pequeno filho de dez anos desta formam a trinca protagonista de A fórmula preferida do Professor, romance que fez decolar a carreira internacional da japonesa Yoko Ogawa, de quem a Estação Liberdade também publicou O Museu do Silêncio [2016]. Best-seller instantâneo no Japão quando de seu lançamento em 2003, A fórmula preferida do Professor acumula mais de quatro milhões de exemplares vendidos.
A ampla repercussão desencadeada pelo livro é compreensível: a desconstrução do viés amedrontador e academicista da matemática, odiada por tantos estudantes, pelo olhar afetivo de quem trafega pelo universo das fórmulas e dos números com o mesmo entusiasmo de uma criança num parque de diversões. Trata-se do personagem nomeado simplesmente como Professor, um velho idiossincrático que, em função de um peculiar problema de memória, vive recluso em casa, dedicando a maior parte de seu tempo a resolver desafios matemáticos propostos por revistas especializadas.
Por ser um sujeito de trato difícil, nenhuma empregada contratada para limpar a casa e preparar suas refeições perdura no serviço por muito tempo. Ao conhecer o filho de uma delas, um perspicaz garotinho de dez anos de idade, o Professor irá revelar que, tanto quanto pela matemática, ele também é capaz de nutrir outra paixão incondicional: por crianças. A partir desse curioso encontro de gerações, Raiz – o apelido que o menino ganha do Professor em referência à raiz quadrada – irá absorver não só o amor por contas e equações, como também valores sobre respeito às diferenças, amizade e tolerância. Uma história verdadeiramente edificante, mas sem sentimentalismos. O livro foi adaptado para o cinema por Takashi Koizumi, ex-assistente de Akira Kurosawa, em 2006.
SOBRE A AUTORA
Yoko Ogawa nasceu em Okayama, Japão, em 1962. Sua vocação leitora foi despertada precocemente por clássicos infantis, graças a um sistema de assinatura de livros de que a família dispunha. Gosta de citar O diário de Anne Frank como uma referência decisiva para perceber a escrita como via possível e necessária de autoexpressão. Estudou escrita criativa e publicou diversos livros, entre ficção e não ficção. Vive atualmente em Nishinomiya, província de Hyogo — nas proximidades de Kyoto.
Arrebatou todos os prêmios referenciais do meio literário japonês. No Brasil, a autora publicou O museu do silêncio (2016); A fórmula preferida do Professor (2017), obra que foi vertida para o cinema pelo diretor Takashi Koizumi, ex-assistente de Akira Kurosawa; A polícia da memória (2021), cuja tradução para o inglês foi finalista do International Booker Prize; e Piscina, A; Diário de gravidez; Dormitório: três novelas (2023). Todos os títulos foram publicados pela Estação Liberdade.
Livro | |
Tradutor | Shintaro Hayashi |
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Formato | 14x21 cm |
Páginas | 232 |
ISBN | 978-85-7448-279-8 |