Franz Kafka, nascido em 1883 na cidade de Praga, formou-se em direito em
1906 e, após um ano de serviço compulsório e não remunerado como atendente
legal em cortes civis e criminais, passou a atuar como investigador em uma
companhia de seguros. Em 1911, tornou-se sócio da primeira fábrica de amianto
de Praga, trabalho ao qual inicialmente se dedicava com disposição, mas que
posteriormente ressentia por lhe interferir em seu tempo de escrita.
Durante seus anos de estudo e de trabalho com seguros, Kafka encontrou
tempo para se dedicar à leitura de autores como Dostoiévski, Flaubert, Gógol e
Goethe. Além da literatura tcheca, veio a se interessar também pelo teatro
ídiche, o que o fez mergulhar na língua e na literatura dessa cultura com a
qual tinha contato por conta de suas raízes judaicas.
Em suas obras, podemos notar temas como alienação social, ansiedade
existencial, permeados com frequente apelo ao absurdo. Ao longo da vida,
relacionou-se com algumas mulheres, mas nunca chegou a se casar. Em 1917, foi
diagnosticado com tuberculose, doença incurável à época, conseguindo uma pensão
no ano seguinte. Em abril de 1924, com a condição crítica da doença, foi buscar
tratamento em uma cidade próxima a Viena, onde veio a falecer.