Nascido na Rússia em 1914, tendo chegado na França aos quatorze anos, Romain Gary fez seus estudos secundários em Nice e se formou em direito em Paris. Ingressou na aviação em 1938, foi instrutor de tiro na Escola de Aeronáutica de Salon. Em junho de 1940, uniu-se às forças da França Livre. Capitão de esquadrilha, tomou parte da Batalha da Inglaterra e em campanhas na África, Abissínia, Líbia e Normandia, de 1940 a 1944. Recebeu a Legião de Honra e a Comenda da Libertação. Ingressou no Ministério do Exterior em 1945, como secretário e conselheiro da embaixada, em Sofia, Berna e, depois, na Seção Européia deste ministério. Porta voz na ONU de 1952 a 1956, foi em seguida nomeado para a embaixada na Bolívia e Cônsul Geral em Los Angeles. Deixando a carreira diplomática em 1961, percorreu o mundo durante dez anos trabalhando para publicações americanas e realizou dois filmes, Les Oiseaux Vont Mourir Au Pérou (1968) e Kill (1972). Foi casado com a atriz americana Jean Seberg de 1962 a 1970. Desde a adolescência, a literatura ocupa o espaço mais importante na vida de Gary. Durante a guerra, entre uma missão e outra, escreve Éducation européenne, traduzido em 27 idiomas e que o prêmio da Crítica em 1945. Les racines duciel ganha o prêmio Goncour tem 1956. Romain Gary se suicidou em 2 de dezembro de 1980. Alguns meses depois, foi revelado que era também o autor de quatro romances assinados por Émile Ajar, inclusive La vie devant soi, que obteve sob pseudônimo o prêmio Goncourt em 1975, o que faz de Gary o único autor a ganhá-lo duas vezes (o que o regulamento não permite). O conjunto de sua obra abrange cerca de trinta romances, ensaios e memórias. |