A PROMESSA/A PANE
FRIEDRICH DÜRRENMATT (1921-1990) é conhecido do público brasileiro por suas peças, como A visita da velha senhora e Os físicos. Em A promessa, que leva o subtítulo Réquiem para um romance policial, o autor desfia uma trama de mistério que ao mesmo tempo homenageia e subverte as convenções do gênero.
O romance apresenta a derrocada do experiente inspetor Matthäi. Apontado para solucionar o brutal homicídio de uma menina, Matthäi jura à família da vítima que encontrará o autor do crime. Insatisfeito com a conclusão oficial do caso, ele leva sua promessa às últimas consequências, arriscando sua carreira, seus princípios e sua sanidade. A história de Matthäi se converte em uma reflexão sobre justiça, culpa, virtude e acaso — temas de predileção do autor.
Em A pane: Uma história ainda possível, o caixeiro-viajante Alfredo Traps tem de pernoitar em um vilarejo após seu carro sofrer uma pane na estrada. Ele se une a um grupo para um jantar. Os ilustres senhores que o convidaram têm o passatempo de encenar julgamentos e sentenças. Na posição de réu, Traps abrirá sua vida e seus segredos a estes desconhecidos de uma maneira irreversível.
Nas duas obras, o autor cria pérolas narrativas: leituras envolventes que incluem mergulhos fundos na moralidade humana e reflexões sobre o lugar da literatura e o fazer literário no mundo contemporâneo. Por suas ideias provocadoras e críticas à sociedade europeia da época, Dürrenmatt marcou seu nome entre os principais autores de língua alemã da literatura moderna.
FRIEDRICH DURRENMATT FRIEDRICH DÜRRENMATT nasceu na pequena cidade de Konolfingen, na Suíça, em 1921, filho de um pastor protestante. Dürrenmatt estudou literatura, filosofia e teologia, mas não concluiu a universidade. Influenciado pelo teatro épico de Bertolt Brecht, escreveu sua primeira peça, Es steht geschrieben (“Está escrito”), aos 25 anos. A partir da década de 1950, com obras como O juiz e seu algoz (1950), A suspeita (1951, no prelo pela Estação Liberdade) e A visita da velha senhora (1956), se estabeleceu como um dos grandes autores de seu país, com textos encenados, adaptados e traduzidos mundo afora. Dürrenmatt escreveu ensaios, peças, sátiras e romances, sempre marcados por reflexões sobre a justiça, a liberdade, a culpa, o acaso, a virtude e a literatura em si, em uma produção que explora a tragédia humana de forma irônica, por vezes grotesca, escancarando as ambiguidades e a decadência moral da Europa no pós-Segunda Guerra. Do autor, a Estação Liberdade também edita Justiça. |
Livro | |
Tradutor | Petê Rissatti e Marcelo Rondinelli |
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Formato | 14x21cm |
Páginas | 224 |
ISBN | 978-85-7448-300-9 |