
O autor do nosso recém-lançado “Maquiavel, a democracia e o Brasil”, Renato Janine Ribeiro, em 2017 escreveu uma resenha para a revista
@quatrocincoum por ocasião de uma nova edição de “O príncipe”, de Nicolau
Maquiavel.
A resenha já esboçava, há cinco anos, ideias que viriam a
ser mais amplamente apresentadas e discutidas no livro. Nenhuma delas
prescreveu, a despeito de muita coisa ter mudado no país desde então, sobretudo
na política. As ideias de Janine, aliás, continuam ajudando a pensar mais do
que nunca.
“Maquiavel, a democracia e o Brasil” faz os pensamentos do
filósofo florentino para a monarquia serem úteis também para nossa modernidade
democrática, mesmo que nisso haja um paradoxo que ele próprio, o autor, não
desconsidera.
Trecho da resenha: “De todos os filósofos que já se ocuparam da política, o melhor para analisar a atualidade é Maquiavel. Essa é minha convicção, a de Aldo Fornazieri e de mais gente. É claro que outros pensadores ajudam a entender o macro: Hobbes é ótimo para pensar a soberania, Locke para o liberalismo, Rousseau para o que há de péssimo e o que pode haver de bom na sociedade política, Marx para o capitalismo. Mas todos eles lidam com canhões gigantescos. A política cotidiana é uma conversa de moscas: canhões gastam demais para atirar nelas, e por sinal não as acertam. Só Maquiavel permite uma sintonia fina da disputa política.”
Título: Maquiavel, a democracia e o Brasil | Título: Duas ideias filosóficas e a pandemia |