CINCO MOTIVOS PARA LER OS 948 DIAS DO GUETO DE VARSÓVIA, DE BRUNO HALIOUA
1) Polifonia. O autor francês Bruno Halioua, historiador, recorre a diversas fontes de texto para compor a narrativa do maior gueto criado pelos nazifascistas para oprimir os judeus, construindo assim uma história polifônica, em que várias testemunhas, sobreviventes e estudiosos relatam o horror daqueles dias.
2) Documentação. “Os 948 dias do gueto de Varsóvia” funciona
como documentação organizada para deixar claro que, há não muito tempo, foi
estabelecida uma prisão a céu aberto para quase 400 mil pessoas.
3) Relevância. Embora trate do passado, o texto de Halioua é
escrito com verbos no presente, como que para fazer explicitamente uma relação
entre o que ocorreu então e o que ocorre agora no mundo.
4) Descrições e narrações. Antes, na verdade, de descrever os
948 dias da vida dos judeus confinados no gueto da cidade polonesa, o livro
narra a ascensão das medidas e dos atos nazifascistas que culminariam na
segregação e no horror absoluto daqueles dias, explicando como comportamentos
esparsos se transformaram em opressão sistemática.
5) Resistência. Assim como é importante o registro de como
os judeus foram vitimados naquela ocasião, o livro também inclui o
desmantelamento do gueto, que só foi possível graças à resistência por parte
dos oprimidos.