Separamos 5
motivos para ler A escola da carne, de Yukio Mishima (trad. Jefferson José
Teixeira)! Confira:
1. O
romance, que foi publicado no Japão conservador
do início da década de 1960, aborda
precocemente tópicos da homossexualidade e do culto ao corpo, principalmente o masculino.
2. Mishima, que tinha posições políticas
tradicionalistas, controversas e radicais, cria narrador e personagens com
posições contrárias às suas, Compõe assim, esteticamente, por meio da ficção,
um embate de éticas que reproduz uma sociedade japonesa em transformação e
aprendizado.
3. A história
do relacionamento entre uma estilista de meia idade da alta sociedade e um
estudante jovem e pobre traz um olhar profundo de Mishima sobre as complicações
nas relações entre classes na sociedade japonesa.
4. Mishima,
assumidamente nacionalista, nos apresenta no romance uma Tóquio cosmopolita,
ocidentalizada e mercantil. Utiliza esse cenário como pano de fundo para nos
colocar em uma espécie de "choque cultural" entre o tradicional e o
moderno. A própria literatura estrangeira é retratada de forma ambivalente ou
como uma “ferramenta” para aqueles que desejam abandonar a cultura tradicional
japonesa.
5. A escola
da carne recebeu uma adaptação cinematográfica, L'école de la chair, em 1998, dirigida por Benoît
Jacquot.
YUKIO MISHIMA
Yukio Mishima, nascido Kimitake Hiraoka em Tóquio em 1925, estreou na literatura com apenas dezenove anos. Pouco depois, com Confissões de uma máscara (1949) e Cores proibidas (1951), firma-se como o grande talento artístico de sua geração. Mesclando influências ocidentais e orientais, explorando tabus temáticos, como a homossexualidade e o culto ao corpo masculino, e produzindo excessivamente, Mishima não separa sua arte de suas próprias ações.Cada vez mais crítico da ocidentalização do país no pós-guerra, ele leva seu nacionalismo ao extremo em 1970. À frente de seu grupo paramilitar Tate no kai, invade um quartel do Exército japonês em Tóquio buscando incitar um golpe de Estado que devolveria os poderes divinos ao Imperador. Sem obter a acolhida esperada, termina seu discurso e comete seppuku, suicídio ritualístico samurai, deixando perplexos seus milhões de leitores no Japão e no mundo.Pela Estação Liberdade, o autor teve publicados Kawabata-Mishima: Correspondência 1945-1970 (2019), volume que traz as cartas trocadas entre ele e seu conterrâneo e Prêmio Nobel Yasunari Kawabata; e os romances Vida à venda (2020) e O marinheiro que perdeu as graças do mar (2022).
YUKIO MISHIMA
Yukio Mishima, nascido Kimitake Hiraoka em Tóquio em 1925, estreou na literatura com apenas dezenove anos. Pouco depois, com Confissões de uma máscara (1949) e Cores proibidas (1951), firma-se como o grande talento artístico de sua geração. Mesclando influências ocidentais e orientais, explorando tabus temáticos, como a homossexualidade e o culto ao corpo masculino, e produzindo excessivamente, Mishima não separa sua arte de suas próprias ações.Cada vez mais crítico da ocidentalização do país no pós-guerra, ele leva seu nacionalismo ao extremo em 1970. À frente de seu grupo paramilitar Tate no kai, invade um quartel do Exército japonês em Tóquio buscando incitar um golpe de Estado que devolveria os poderes divinos ao Imperador. Sem obter a acolhida esperada, termina seu discurso e comete seppuku, suicídio ritualístico samurai, deixando perplexos seus milhões de leitores no Japão e no mundo.Pela Estação Liberdade, o autor teve publicados Kawabata-Mishima: Correspondência 1945-1970 (2019), volume que traz as cartas trocadas entre ele e seu conterrâneo e Prêmio Nobel Yasunari Kawabata; e os romances Vida à venda (2020) e O marinheiro que perdeu as graças do mar (2022).
Cada vez mais crítico da ocidentalização do país no pós-guerra, ele leva seu nacionalismo ao extremo em 1970. À frente de seu grupo paramilitar Tate no kai, invade um quartel do Exército japonês em Tóquio buscando incitar um golpe de Estado que devolveria os poderes divinos ao Imperador. Sem obter a acolhida esperada, termina seu discurso e comete seppuku, suicídio ritualístico samurai, deixando perplexos seus milhões de leitores no Japão e no mundo.
Pela Estação Liberdade, o autor teve publicados Kawabata-Mishima: Correspondência 1945-1970 (2019), volume que traz as cartas trocadas entre ele e seu conterrâneo e Prêmio Nobel Yasunari Kawabata; e os romances Vida à venda (2020) e O marinheiro que perdeu as graças do mar (2022).