Cinco motivos para ler “Hotel Íris”, de Yoko Ogawa

Cinco motivos para ler Hotel Íris, de Yoko Ogawa. Confira:

 
1) Ousadia. O livro traz uma tema recorrente na obra da autora: a memória. Mas ousa ao adicionar ao tema uma camada a mais de significado. Alguns personagens, em Hotel Íris, apresentam comportamento sexual peculiar, aparentemente explicado por acontecimentos do passado.


2) Controle narrativo. Yoko Ogawa, jogando com o passado dos personagens, exerce com maestria a habilidade de saber o momento exato, e de que maneira, revelar ou adiar uma informação importante para a trama.


3) Personagens complexos. Ninguém é inteiramente vilão ou herói em Hotel Íris: mesmo um criminoso ganha protagonismo numa cena de heroísmo; ou mesmo uma vítima perde a fragilidade em determinadas situações. Yoko Ogawa cria personagens ambíguos para que a leitura também possa ir a mais de uma direção.


4) Feminismo. Protagonista e narradora do romance, a adolescente Mari decide quando serão suas reações contra os personagens masculinos que dela tentam se aproximar.


5) Desfecho eletrizante. Embora não seja uma regra para um bom fim de romance, um desfecho que possui bastante ação e surpreende os leitores faz com que Hotel Íris chegue ao fim como um livro que dá satisfação e até mesmo convida a uma nova leitura.


SOBRE A AUTORA 



Yoko Ogawa nasceu em Okayama, em 1962. Sua vocação leitora foi despertada precocemente por clássicos infantis, graças a um sistema de assinatura de livros de que a família dispunha. Gosta de citar O diário de Anne Frank como uma referência decisiva para perceber a escrita como via possível e necessária de autoexpressão. Estudou escrita criativa e publicou diversos livros, entre ficção e não ficção. Vive atualmente em Nishinomiya, província de Hyogo — nas proximidades de Kyoto.

Arrebatou todos os prêmios referenciais do meio literário japonês. No Brasil, a autora publicou O museu do silêncio (2016); A fórmula preferida do Professor (2017), obra que foi vertida para o cinema pelo diretor Takashi Koizumi, ex-assistente de Akira Kurosawa; A polícia da memória (2021), cuja tradução para o inglês foi finalista do International Booker Prize; e A piscinaDiário de gravidezDormitório: três novelas (2023). Todos os títulos foram publicados pela Estação Liberdade.





 


 

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