Jacques Derrida nasceu em El-Biar, Argélia, em 1930. Após marcante experiência de serviço militar na Argélia conflagrada, inicia sua carreira filosófica como professor em Le Mans, na companhia de Gérard Genette (1959-60), e de assistente de Gaston Bachelard e Paul Ricceur nas cadeiras de filosofia geral e lógica na Sorbonne (1960-64), onde organizou posteriormente os Estados Gerais da Filosofia. Professor da École Normale Supérieure de 1963 a 1984, manteve intenso intercâmbio com outros países, em especial com as universidades americanas, nas quais lecionou por diversas vezes, chegando inclusive a receber em Yale o primeiro de seus 21 títulos Honoris causa. Fundador do Colégio Internacional de Filosofia em 1983, tornou-se, em 1984, diretor de Estudos na École des Hautes Étudesen Sciences Sociales, lá realizando seus famosos seminários anuais. Jacques Derrida faleceu em 2004, em Paris, em decorrência de um câncer. Deixou uma extensa obra que, ancorada na estratégia da desconstrução – seu incontestável legado filosófico –, passeia entre a filosofia, a literatura, a tradução, mas também, e principalmente, a política, a biotecnologia e a religião. Entre seus livros publicados no Brasil estão Gramatologia (Perspectiva), A Voz e o fenômeno (Jorge Zahar), Margens da Filosofia (Papirus), Mal de Arquivo e Espectros de Marx (Relume Dumará), O Olho da Universidade, A Universidade sem Condição, A Religião (org. Gianni Vattimo) e Papel-máquina, estes quatro últimos pela Estação Liberdade. |