Marguerite Duras (pseudônimo de Marguerite Donnadieu) nasceu em 1914 em Saigon, na antiga Indochina francesa. Ali passa a infância e a adolescência, que impregnarão sua obra. São páginas singelas sobre a situação colonial e que constituem o arcabouço temático de obras como Barragem Contra o Pacífico (1950), Des Journé es entiè resdans les Arbres (1954), O Amante (Prêmio Goncourt 1984) e O Amante da China do Norte (1991). A partir de 1932, aos 18 anos, reside em Paris, onde estuda direito, matemática e ciências políticas. Em 1939, casa-se com Robert Antelme, de quem se separa em 1947. De sua relação com Dionys Mascolo, amigo do casal, ainda em 1947 nasce o filho Jean. Após a guerra ingressa no Partido Comunista Francês, que deixa em 1950. Teve participação destacada no movimento contra a guerra da Argélia e em Maio de 1968. O legado literário de Marguerite Duras se compõe de cerca de quarenta obras. Além dos romances que a tornaram conhecida — entre os mais importantes ainda podemos citar Le Marin de Gibraltar (1952), Moderato Cantabile (1958), e Le Ravissement de Lol V. Stein (1964) — compôs peças de teatro e roteiros cinematográficos, entre os quais o célebre Hiroshima Meu Amor, dirigido por Alain Resnais (alguns de seus textos eram escritos para as três linguagens, literatura, teatro e cinema). Entre o final dos anos 1960 e a década de 1970, produziu seus próprios filmes, como Détruiredit-elle (1969) e India Song (1975). Marguerite Duras faleceu em Paris, em 3 de março de 1996. |