Estação Liberdade solta o imponente épico de Victor Hugo sobre a Revolução Francesa

Em Noventa e três Hugo tenta resolver seus conflitos e dívidas frente à revolução de 1789

Noventa e três, publicado originalmente em 1874, depois do levante da Comuna de Paris, é um épico de Victor Hugo sobre a Revolução Francesa. Nome maior do romantismo francês, o escritor traz uma vez mais as contradições que fizeram de seus personagens o retrato fidedigno da humanidade.

Acompanhamos em Noventa e três a história de um trio durante as revoltas contrarrevolucionárias de 1793, período correspondente à Convenção. Lantenac, o homem do rei e de uma França prestes a deixar de existir para sempre; Cimourdain, ex-padre e um implacável gênio da revolução; e Gawain, sobrinho de Lantenac e herdeiro espiritual de Cimourdain.

Dividida em três partes, cada uma com visões diferentes daqueles eventos, a história tem como palco, principalmente, a Bretanha e Paris. O turbilhão imprevisível da revolução em uma sociedade marcada por fortes contrastes e rupturas traz à tona os ideais iluministas diante das trevas da guerra civil entre monarquistas e republicanos.

Por meio de comentários e observações do narrador onisciente, sabe-se que Victor Hugo está a favor dos revolucionários. Não obstante, seus adversários não são retratados como vilões. Todos eles, independentemente do lado em que escolheram lutar, são homens idealistas e de inteligência e moral elevadas em meio às barbaridades da guerra.

A tarefa de Victor Hugo, já no crepúsculo de sua longa trajetória, de escrever este que foi seu último romance, era considerada por ele necessária e, ao mesmo tempo, impossível. “Impossível, a menos que você adicione o sonho”, revelou o monumental autor.


Título: Noventa e três
Autor: Victor Hugo
Tradução: Mauro Pinheiro
ISBN: 978-85-7448-291-0
Formato: 14 x 21 cm / 416 páginas



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